Na minha curta e suficiente passagem pela Finlândia, reconheço que o País não me fascinou e cuja arrogância e antipatia da guia, não augurou nada de bom sobre as pessoas desse país. Talvez esteja a cometer o erro de julgar muitos pela atitude de uns, mas foi esse o sentimento com que fiquei após este dia de visita.
No entanto o passeio até à cidade de Porvoo foi bonito e esta cidade medieval do século XIII tem um encanto bastante grande no seu centro antigo, onde todas as casas são de madeira pintada dando-lhe um ar bastante pitoresco.
No caminho para Porvoo, páramos para visitar a antiga igreja de Sipoon. Esta igreja construída no século XV (uma das mais antigas da Finlândia) é construída de pedra e madeira, apresentado uma arquitectura e decoração muito simples.
Assim que chegamos, chama a atenção o pequeno cemitério às suas portas, com todas as sepulturas tratadas sem distinção, apresentando a mesma lápide e flores, tornando-se esta homogeneidade parte integrante da beleza do local.
O seu interior mantém a simplicidade do exterior, sendo decorada apenas com algumas pinturas e brasões dos séculos XV e XVII.
Seguindo caminho para Porvoo, a vista que temos assim que saímos do autocarro é de tirar a respiração, com as casas de cores diversas sobre o rio criando reflexos coloridos em pleno contraste com do verde da Natureza.
O nome Porvoo foi dado por uma fortaleza sueca junto ao rio Porvoonjoki que atravessa a cidade. Porvoo foi uma adaptação finlandesa ao nome sueco: Borgå que sinifica castelo e rio.
Ao entrarmos pela cidade, vemos que a arquitectura simples e de madeira se mantém, mas que é nos pequenos detalhes que reside o maior encanto. O centro histórico de Porvoo esteve para ser destruído no século XIX, para ser substituído por um novo centro urbano. Este plano foi cancelado devido à resistência da população liderada pelo Conde Louis Sparre.

Detalhes como as tabuletas em ferro forjado ou madeira que anunciam cada loja, hotel ou restaurante,
ou como as flores e pequenos objectos que encontramos posicionados de forma perfeita em cada uma das portas por onde passamos
ou finalmente, pelas cadeiras e mesas que encontramos em várias esquinas, normalmente enfeitadas com flores frescas, como que a convidar-nos a sentar e apreciar a paz que se vive nesta cidade.
Publicada no Olhar a minha Volta em Agosto de 2011